31/01/2011

MATÉRIA DA TRIBUNA DO NORTE DIA 31-01-2011

A expectativa era que já a partir desta terça-feira a Secretaria Municipal de Saúde de Natal começasse a cobrar dos agentes de Saúde, que combatem o mosquito da dengue na capital, uma jornada de trabalho de oito horas ao dia, dividida em dois turnos. No entanto, a mudança está suspensa até que a administração decida sobre o pagamento de vales-transportes, ou vales-alimentação aos profissionais.

O novo horário de trabalho substituirá a jornada de seis horas corridas, adotada nos últimos cinco anos, e se trata de uma mudança defendida tanto pelo Ministério da Saúde, quanto pelo Ministério Público. No entanto, a jornada em dois turnos exigirá da Prefeitura a concessão de mais vales-transporte, para que os agentes possam se deslocar a suas casas no horário do almoço, ou então vales-alimentação.

“Isso está sendo decidido entre várias secretarias e aguardamos essa decisão para só então podermos adotar a nova jornada”, confirmou a gerente técnica do Centro de Zoonoses de Natal, Jeane Oliveira. Ela ressalta que o trabalho em dois turnos permitirá um número maior de visitas (estimado em 20 a 25 domicílios por dia, contra as 17 atuais) e, sendo assim, um combate mais efetivo aos focos do Aedes aegypti.

Os agentes de saúde irão realizar na tarde desta terça, por volta das 14h30, uma assembleia no prédio do IFRN, na avenida Rio Branco, para discutir a modificação na jornada. Eles querem cobrar da Prefeitura exatamente uma definição sobre o aumento na quantidade de vales-transportes e vale-alimentação e ainda a ampliação do efetivo, que hoje é de 303 agentes atuando diretamente no “tratamento focal”.

“Se a secretaria quiser nos impor a volta dos dois turnos sem a contrapartida necessária, iremos parar”, afirmou o presidente em exercício do Sindicato dos Agentes de Saúde, Cosmo Mariz. O presidente da entidade, José Salustino, está em viagem, mas confirmou que não há “tendência” de se decidir por uma paralisação ainda nesta terça-feira, porém a possibilidade não está descartada. “Vai depender das discussões.”

A categoria é contra a utilização dos guardas municipais no combate ao mosquito Aedes aegypti, medida já anunciada pelo secretário de Saúde de Natal, Thiago Trindade. De acordo com José Salustino, o trabalho necessita de um conhecimento técnico para o qual os agentes de saúde foram preparados, mas não os guardas. “Isso é uma enganação à população. Alertamos às pessoas que não aceitem e nós mesmos não vamos admitir.”

Jeane Oliveira explicou, no entanto, que a inclusão dos guardas municipais no trabalho de combate à dengue ainda depende de discussões internas que vêm ocorrendo junto à corporação e ainda não há data definida. A ideia inicial é que os guardas recebam uma gratificação para realizar visitas aos domicílios, semelhantes às executadas pelos agentes, nos horários de folga.

Segundo o sindicato dos Agentes, hoje há uma carência de pelo menos 80 profissionais no Município. Thiago Trindade, porém, calcula que o número atual, os 303, está dentro do indicado pelo Ministério da Saúde, que prevê um agente para cada 800 a 1.000 domicílios. Natal possui aproximadamente 310 mil.

Em 2010, a capital concluiu apenas 3,5 dos seis ciclos de visitas aos domicílios, que deveriam ser realizados por ano.

28/01/2011

CARTAZ DE CONVOCAÇÃO PARA ASSEMBLÉIA DOS ACE DE NATAL

A REUNIÃO DE REPRESENTANTES DELIBEROU POR UMA ASSEMBLÉIA DOS ACE DE NATAL DIA 01-02-2011.


CLICK NA IMAGEM AMPLIE E VEJA OS DETALHES DA CONVOCAÇÃO. NOS AJUDE A MOBILIZAR IMPRIMINDO E REPASSANDO AOS COLEGAS.

POSTADO POR: COSMO MARIZ

MATÉRIA DO JORNAL NO MINUTO DE 28-01-2011


Os 383 agentes de endemias de Natal terão nova jornada de trabalho. Atualmente, os profissionais cumprem expediente de seis horas corridas, mas passarão a trabalhar oito horas a partir de fevereiro. Em 2010, a capital potiguar não conseguiu realizar seis visitas a cada imóvel da cidade, que é a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde para o combate à dengue.

Apesar da mudança ter sido estabelecida por uma recomendação do Ministério Público Estadual à Prefeitura, o Sindicato dos Agentes de Endemias do Rio Grande do Norte -Sindas-RN alega o não recebimento dos tickets alimentação e os vales-transportes referentes ao próximo mês, que seriam necessários para a implementação legal do serviço diário dos trabalhadores.

Representantes do Sindas-RN neste momento estão em reunião no Sindicato dos Rodoviários para discutir a nova jornada de trabalho. “A Prefeitura já tem uma dívida junto ao Natal Card e todos os meses a recarga dos vales vem atrasando e segundo informações da empresa se em três semanas não for pago a dívida, não haverá recarga nos mês de fevereiro”, disse o secretário do Sindas-RN, Cosmo Mariz.

O representante disse ainda que os agentes poderão paralisar as atividades caso não recebam os benefícios. “Os agentes só retomarão os dois horários com condições e incentivo financeiro que compense o aumento na carga horária, pois o reajuste dado em 2009 não é suficiente e nem compensa o aumento da carga horária para essa categoria que não recebe nenhuma gratificação”.

De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde Pública, Natal registrou 32 notificações de casos de dengue nas duas primeiras semanas de janeiro de 2010. Em todo Estado foram 57 casos.

Condições de Trabalho

Outra denúncia do secretário do Sindas-RN diz respeito a falta de estrutura para realizar o combate ao mosquito aedes aegipty, transmissor da dengue. Ele relata que os equipamentos estão sucateados e dezenas de agentes estão afastados do trabalho devido a contaminação pelo inseticida utilizado nas casas.

Além disso o sindicalista alegou que há déficit de pessoal, tendo cada agente a obrigação de visitar de 800 e 1000 imóveis, e que Natal é uma das únicas cidades em que o trabalho de prevenção nos apartamentos só é realizado no andar do térreo.

27/01/2011

CONVOCAÇÃO OFICIAL

O Sr. Presidente do SINDAS/RN, José Salustino, convoca dois representantes de cada turma de Agentes de Endemias para participarem de uma reunião dia 28/01 às 14:00h no auditório do Sindicato dos Rodoviários situado na Av. Rio Branco próximo ao baldo. A reunião contará com a presença do advogado do SINDAS Dr. Walter Pereira e será discutido principalmente a retomada dos dois horários. 
Postado por Cosmo Mariz- 1º Secretário do SINDAS.

25/01/2011

AGENTES DE ENDEMIAS DE NATAL DENUNCIAM PÉSSIMAS CONDIÇÕES DE TRABALHO

Agentes de endemias denunciam condições
precárias para trabalhar

Os equipamentos usados no combate ao mosquito Aedes Aegypt, transmissor da dengue, estão sucateados. O início do trabalho deles é com uma reunião rápida. Os supervisores explicam qual é a área do dia e dão avisos. Em seguida eles saem para as visitas.
- Nós fazemos muitas vezes o impossível para fazer um bom trabalho e mostrar à população que temos a boa vontade de trabalhar – diz o agente de saúde Jeová Lima. O transporte de muitos agentes acontece assim: na caçamba da pick-up. Outro detalhe sobre o carro oficial da Prefeitura de Natal preocupa.
- Falta documentação do carro, que nós não temos, e a manutenção deles que é muito precária. Tem muitos problemas no veículo e a gente tem que trabalhar com ele, porque, se não, o serviço de campo não anda – conta o supervisor Pedro Paulo Câmara.
Tudo certo no deslocamento das equipes, hora da primeira abordagem do dia. É onde o Centro de Controle de Zoonozes aponta uma taxa alta de infestação do Aedes Aegypt com pessoas que contraíram a dengue.
Quatro bairros da capital potiguar concentram 40% do número de casos da doença: Quintas, Cidade Nova, Cidade da Esperança e Felipe Camarão. A coincidência é que nessas localidades os moradores relatam problemas com abastecimento de água e saneamento básico.
O morador permite a entrada e recebe bem a equipe. O agente retira da bolsa o material de dia-a-dia. O material está velho e quebrado. Jeová Lima mostra uma trena que deveria ter dois metros, mas, na verdade, está quebrada e só tem um metro. Segundo ele, o Centro de Controle de Zoonoses não tem outra para fornecer aos trabalhadores de campo.
Nos latões de água cheios, por causa do racionamento, olha a situação. Não são larvas não. De acordo com a equipe, esse é o último estágio antes do mosquito começar a voar, a chamada pupa. Em cinco dias, se torna o Aedes Aegypt como a gente já conhece. Seu Elias José de Lima não colocou a tampa de maneira adequada, esse foi o motivo.
- Agora vou lavar os tambores e encher de novo, porque quando chove cria lodo – afirma seu Elias.
De acordo com Cosmo Mariz, agente de endemias, essa casa já deveria ter sido visitada antes. Mas o déficit de pessoal não permite uma frequência adequada.
- Essa visita demora mais de dois meses. Então, isso ajuda para que o mosquito se reproduza cada vez mais no dia-a-dia – conta Mariz.
Um outro problema gera cada vez mais faltas.
- Temos muitos agentes de endemias afastados por causa do contato com o diflubenzuron, que é um InterTV http://in360.globo.com/rn/impressao_noticia.php?id=8166
1 de 2 21/1/2011 17:40
inseticida novo. Esses agentes, às vezes, manipulam o produto de forma equivocada e não tem uma central de mistura, não tem uma central que faça a solução mãe para distribuir no campo – acrescenta Cosmo Mariz.
Secretaria de Saúde admite que não tinha conhecimento da situação. O secretário de Saúde de Natal, Thiago Trindade, concedeu entrevista ao RNTV 1ª edição e explicou como a secretaria vai contornar esses problemas para que a cidade não tenha uma epidemia de dengue.

Agentes de Endemias de Natal terão expediente de 8 horas a partir de fevereiro

A Prefeitura do Natal acatou a recomendação do Ministério Público com relação à carga horária dos agentes de saúde. Atualmente, os profissionais cumprem seis horas corridas de trabalho, mas passarão a trabalhar oito horas a partir de fevereiro.
   Em 2010, Natal não conseguiu realizar seis visitas a cada imóvel da cidade, que é a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde para o combate à dengue. A capital potiguar não chegou a completar quatro ciclos, entre outros motivos, pelo excessivo número de faltas e licenças dos agentes de saúde. “Mas foi um ano que até Belo Horizonte, que é referência, cumpriu quatro ciclos e meio apenas”, ponderou o secretário Thiago Trindade. “Como é um ano crítico, vamos fazer de tudo para cumprir a meta”.
   Para conseguir as seis visitas anuais aos imóveis da cidade, o município acatou a sugestão do MP para a ampliação do expediente. Agora, os profissionais terão horário de almoço e trabalharão em dois períodos. A medida vai trazer mais gastos ao município. “Acatamos a sugestão do MP para não pecarmos por nenhuma eventual falha. Como vai ensejar mais gastos com vale-alimentação e passagens, adiamos a mudança para fevereiro”, explicou o secretário.
   Thiago Trindade explicou também que o Centro de Controle de Zoonoses criou um mapa da vulnerabilidade de Natal, que apontou o Distrito Sanitário Oeste, com seus nove bairros, como o que apresenta maior risco de dengue. Entre 1996 e 2010, 73 mil casos da doença foram notificados. Em 2010, a quantidade de casos até a 52ª semana do ano  foi 4.112, número que assustou os membros da SMS, assim como o aumento de 182,4% de casos em relação ao mesmo período de 2009. 
   “Já está em curso o trabalho das 'Forças Unidas Contra a Dengue', com o auxílio do Exército e Marinha. Até o momento, 64 homens vêm somar nesse esforço contra a dengue na capital e vamos focar principalmente nas áreas de maior risco, como a Zona Oeste”, garantiu o secretário.
FONTE: www.cosmomariz.com.br

24/01/2011

Secretária de Saúde de Natal deve R$ 6 mi ao Estado

A Prefeitura do Natal deve R$ 6.206.838,00 ao Governo do Estado. A soma é o resultado da falta de repasse de recursos do SUS nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2010. Durante esse trimestre, a Prefeitura deixou de repassar a contrapartida para o custeio dos hospitais Walfredo Gurgel, Giselda Trigueiro e João Machado; maternidades de Santa Catarina e Maria Alice; e o Centro de Reabilitação Infantil (Cri).

De acordo com Terezinha Rego, coordenadora de planejamento da Secretária de Estado da Saúde Pública, o valor deixou de ser repassado após a celebração de um acordo entre Governo do Estado e Prefeitura do Natal - no valor de R$ 40.915.227,22 - que modificou a forma do repasse das verbas do SUS. “Antigamente, o dinheiro vinha do SUS, ia para o Fundo Municipal de Saúde, e só depois as prefeituras repassavam para o Estado. Em abril, mudamos o sistema, e o dinheiro cai direto na conta do Estado”.

Segundo Terezinha, antes da celebração do acordo, a Prefeitura do Natal já estava devendo. “Após a assinatura do acordo, os repasses dos outros meses seguiram sem problema, mas os valores de janeiro, fevereiro e março continuam pendentes”, conta. A coordenadora afirma que o problema acontece com outras prefeituras, mas não citou nomes. Terezinha Rego disse ainda que a Sesap agendou uma reunião com o secretário de Saúde de Natal, Thiago Trindade, para os próximos dias.

Por telefone, Thiago Trindade disse,  à TN, que ainda não foi procurado pela Sesap. O secretário reconhece que há uma dívida da Prefeitura com o Estado, mas informa que o Estado também deve ao Município. “Não fui procurado pela Sesap, mas coloco-me à disposição. Quero essa reunião justamente para que haja um encontro de contas”. Ele não soube precisar o valor da dívida do Estado, “mas não é inferior à do município.